Einstein com as dele e eu com as minhas

jeudi, août 31, 2006

Uma teoria sobre vagalumes

Vagalumes só existem na infância. Só as crianças têm o dom de vê-los piscar.
Que bicho de verdade teria verdadeiras condições de piscar? Como pode existir seres vivos que piscam?
Tudo que pisca precisa estar ligado na tomada, afinal.
Quando a gente deixa de ser criança, os vagalumes nunca mais aparecem, e a vida perde um pouco do brilho.

lundi, juin 12, 2006

Uma teoria sobre a megasena.

Quem joga na megasena não tem potencial pra ficar rico. Exato.
Ou você consegue imaginar o Bill Gates na fila de uma dessas casas lotéricas, com a bic na boca, na dúvida entre o 4 e o 14?
Um rico em potencial, eu, jamais investiria um real sequer, em um investimento tão improvável.
Pois é. Perdeu playboy. Iaê.

jeudi, mars 09, 2006

Uma teoria sobre o peso do cérebro.

Se você é magro e diz que come muito, saiba: você não come muito. Você acha que comer três bis é comer chocolate e que 300g de comida é muita comida.
Se você é magro e tem cabeça de gordo, ou você optou por sofrer a vida inteira, ou você toma anfetamina, substância que transforma cérebro de gordo em cérebro de magro e te deixa maluco. Um magro maluco.
Se você é gordo, você óbviamente tem cabeça de gordo e óbviamente come mais do que deve. Há chances que você tenha problema na tireóide, mas são raras. É bem mais provável que seu cérebro seja gordo mesmo.

Tira-teima: você abre um pacote de bono. O que você faz?
(a) come três e guarda o pacote bem fechadinho com fita durex, se houver.
(b) abre e diz que vai comer só unzinho, come um, enrola o pacote. Desenrola o pacote e come mais dois. Enrola o pacote. Desenrola come mais três. Enrola. Desenrola e mata.

samedi, juillet 23, 2005

Uma teoria sobre a Sociedade Equina

Os equinos vivem numa sociedade muito parecida com a nossa. São a única espécie de animais irracionais, dizem, claramente estruturada em classes sociais.
Estava eu num cruzamento, parada, esperando pelo sinal verde. Ao meu lado, cabisbaixo, derrotado, um pobre pangaré. Sua função em equivalência na sociedade: mendigo. Levava papéis e papelão para reciclagem em uma carroça tosca, em plena avenida Ayrton Senna.
A classe média, a mediada equina, pode ser classificada pelos cavalos de clube, que levam criancinhas para uma voltinha de charrete. Como todo bom médio, os cavalos de pracinha, ignorantes que são, contentam-se com pouco. E são felizes.
Existe também a classe dos funcinários públicos. Cavalos médios que passaram no concurso público para oficiais de polícia. Esses têm a arrogância dos médios que subiram na vida e saem com a família todos os finais de semana para uma boa porção de alfafa temperada. Equinos das forças armadas, especialistas em paradas comemorativas de 7 de setembro.
Não podemos esquecer dos Equinos Artistas. Escaparam por muito pouco da classe dos pangarés, e hoje ganham a vida fazendo uma arte bem duvidosa, nos circos. Detestam a convivência com elefantes e poodles cor-de-rosa, mas para serem classificados como artistas, continuam nessa vida de picadeiro.
E disputando partidas de pólo, corridas de velocidade e olimpíadas, sim a Sociedade Equina é a única sociedade animalesca que vai às olimpíadas junto com os ditos racionais, estão os lords. A classe A. A nata da sociedade. A cereja do bolo. A azeitona da empada. Esses sim são cavalos com nome e sobrenome: Mr. Brown, Ms. Pumpikin, Mr. Onassis. Cavalos patrocinados, com seguros de vida milionários, faturando milhões de dólares, cavalos que comem ração sem agrotóxicos manufaturada por virgens andinas.
Humanos e Equinos, todos uns cavalos.

samedi, juin 25, 2005

Uma teoria sobre reticências

As reticências se perderam da mamãe Gramática e foram encontradas por gente da pior espécie. É triste, mas aconteceu. As reticências viraram artifício para se fazer entender subentendendo o que se quer dizer.
O processo é bem simples, afinal, pra bom entendedor, meias reticências bastam pra ficar irritado. E muito.

Exemplos :

Quem fez essa planilha foi o João…
Ou seja: a culpa é dele.

A sua amiga é tão linda…
Ou seja: exato. Isso mesmo.

Eu li seu blog…
Ou seja: caralho que merda.

Ele mora na Vieira Souto…
Ou seja: ele é rico.

Eu avisei…
Ou seja: bem feito idiota, quem mandou não me escutar.

Seu celular tocou umas cinco vezes…
Ou seja: dá pra você botar esse telefone no modo silêncioso?

Não tenho dinheiro…
Ou seja: me empresta?

Eu fiz uma tatuagem…
Ou seja: pergunte-me onde.

Movimento de resistência às reticências.
Conclusão: todo sonso é reticências. Se é que você me entende…

dimanche, juin 12, 2005

Uma teoria sobre formigas

Existem várias espécies de formiga. Dentre elas, temos aquela maiorzinha, que leva folhas nas costas com sua turma para construirem uma mansão para o inverno. Elas vêm e vão, vêm e vão, vêm e vão. Passam o verão indo e vindo e quando o inverno chega elas curtem a mansão, que com o tempo se desfaz, o que as leva a ter que ir e vir tudo outra vez. Elas devem ter tatuagem, no fundo no fundo elas são bem idiotinhas.
Mas o que me intriga não é essa espécie de formiga. Todo dia de noite eu como uma coisinha no quarto. Seja lá o que for: fruta, leite, qualquer coisa, se eu deixar o recipiente que comportava o petisco ali em cima da minha mesa por cinco minutos, elas aparecem. São bem pequeninas, e são muitas. De onde elas vêm, eu me pergunto? E com que velocidade elas se locomovem?
Já fiz um teste. Se eu deixar o recipiente em cima da mesa e ficar observando, elas não aparecem! É mágico! Mas você se distrai... e lá estão elas, miúdas e frenéticas, atrás dos restinhos que largamos pra trás. E o mais curioso, é que elas não dão pistas de onde elas vieram. Elas simplesmente aparecem no potinho como um sinal: leve esse prato daqui antes que o seu quarto seja tomado por formiguinhas.
Conclusão da minha teoria: formiguinhas miúdas, do tipo que citei no segundo exemplo são um sinal de Deus, do Senhor, de Jesus, (Deus e Jesus são a mesma pessoa?) para que você leve sempre seu prato pra cozinha.

samedi, juin 04, 2005

Uma teoria sobre o falso trabalho

Trabalhar é péssimo. Mas não ter o que fazer no trabalho estando no trabalho e se ver sentado em frente ao computador é terrível. Dá impressão de que a internet ficou pequena, sobretudo quando não se tem acesso ao msn, quando não se tem caixas de som, quando todos os sites interessantes são bloqueados e principalmente quando todas as pessoas que trabalham com você estão ocupadas e não podem falar mal de outro alguém pelo sistema interno da empresa.
Ou melhor, é muito bom não ter o que fazer no trabalho, péssimo é ter que fingir que se está trabalhando uma vez que tem um chefe passando por você de dois em dois minutos.
Resolvi então escrever essa teoria bobinha, mas é que pelo menos, usando o word e não a internet, não restam dúvidas de que eu estou trabalhando mesmo eu não estando.
Esse sistema é muito burro. As pessoas pensam que pessoas que escrevem estão ocupadas com coisas sérias e jamais atribuem entretenimento a um punhado de palavras misturadas que enganam e deixam bem impressionado qualquer idiota que passe aqui atrás.
A madame Ç acabou de me mostrar uma planilha enorme, impressa e remendada, formando quase um metro de papel em comprimento, que ela vai pendurar no quadro de cortiça dela com seus afazeres para a próxima semana. Acho que depois dessa teoria que não me levará a conclusão alguma, eu vou abrir o Excel e fazer uma planilha com meus gastos mensais onde eu vou estimar quanto eu preciso economizar até a minha viagem, simulando uma análise de vendas na internet no mês de abril.
Abro meu email e percebo que na mesma situação que eu se encontram mais pelo menos dez pessoas. Lançaram um convite pra um chopp pós “sirviçu” e provavelmente isso vai ser assunto por mais pelo menos duas horas, uma vez que umas 15 pessoas responderam imediatamente.
A falta do que fazer é tanta que me faltam argumentos para embasar minha teoria. Vou parar essa por aqui e tentar uma outra.